Aproximadamente 40 mil crianças e adolescentes desaparecem todos os anos no Brasil. Os estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais detém os maiores índices de notificação, respondendo por 40% dos registros. A maioria dos casos (40%) está relacionada à violência doméstica e maus tratos que levam meninos e meninas a fugir de casa. Na sequência das motivações mais frequentes estão a subtração da criança por um dos pais, o rapto consensual (comum no caso de adolescentes que fogem com o namorado ou namorada) e o desaparecimento vinculado ao tráfico de drogas e exploração sexual. Cerca de 15% das crianças e adolescentes desaparecidos jamais reencontra suas famílias. Os casos de fracasso nas buscas são mais comuns quando envolvem meninos e meninas com menos de sete anos.
Esses dados aparecem no relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre crianças e adolescentes desaparecidos, aprovado em 2010. Os números, no entanto, são apenas estimativos. Apesar dos esforços da Secretaria Nacional de Direitos Humanos para construir um cadastro nacional unificado, não existem no Brasil dados oficiais sobre a situação de crianças e adolescentes desaparecidos, o que dificulta o enfrentamento da situação. Em caso de desaparecimento de criança ou adolescente faça o registro numa delegacia da polícia civil, de preferência levando uma foto recente da criança ou adolescente. Segundo a lei 11.259/2005 (lei da busca imediata) não é preciso esperar 24 horas. O quanto antes começarem as buscas, maiores as chances de sucesso.
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